SAS realiza Mesa de Diálogo no “Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil”

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), “Diga não ao trabalho infantil” foi o tema da Mesa de Diálogos promovida pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Secretaria de Assistência Social, para discutir o tema no Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, lembrado neste dia 12 de junho. O encontro foi promovido no auditório do prédio-sede da PJF e contou com a participação da promotora de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude, Samyra Namen; do procurador do Ministério Público do Trabalho, Wagner do Amaral; a representante do Conselho Tutelar, Marisangela Oliveira; a secretária da SAS, Malu Salim; além de técnicos da área da PJF.

 

A mesa foi aberta pela gerente da Proteção Especial de Média Complexidade da SAS, Flávia Longo, que explanou o diagnóstico atual da cidade, citou a importância do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), ressaltou a importância do bom funcionamento da rede de proteção – que inclui diversos equipamentos de assistência social, saúde e educação – e se emocionou ao contar casos de famílias que conseguiram superar a situação do trabalho infantil. “Temos que acabar com mitos sociais como ‘é melhor a criança trabalhar do que roubar’. A rede de proteção e os  nossos equipamentos de assistência funcionam e proporcionam que a criança possa estar onde ela deve, que é na escola. Com muito trabalho, conseguimos que dez famílias superassem a situação de trabalho infantil. Não tem como não se emocionar”.

“Tem muitos meninos que conseguimos resgatar. A gente não pode perder a esperança e não pode perder a ponta do trabalho da gente. Queria aproveitar para parabenizar pela realização do evento e tenho que reconhecer que a gente hoje tem uma Secretaria de Assistência Social extremamente comprometida. Eu queria dar parabéns também à Flávia, aos conselheiros tutelares, as equipes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social, que trabalham com muito comprometimento. Todos nós não temos sábado e domingo porque somos demandados fora do horário, devido aos desafios”, afirmou a  promotora Samyra Namen.

De acordo com o procurador Wagner do Amaral, em todo o país há um milhão e 600 mil crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. “Precisamos levar para as nossas infâncias um futuro que seja adequado e condizente com o seu desenvolvimento psicológico e moral, para ter uma vida plena”. A representante do conselho tutelar, Marisangela Oliveira, ressaltou que o trabalho feito na ponta se parece como enxugar gelo. “Isso é um fato. Não vamos deixar de fazer. É árduo, é difícil, já fomos ameaçados, esbarramos em questões culturais. O trabalho infantil é uma questão que precisa muito ser aprofundada porque ainda há muito o que se pensar”.

Para finalizar, antes da abertura para a fala do público presente, a secretária da SAS, Malu Salim, salientou que a PJF possui uma política de direitos e proteção social que realiza uma busca incansável de oportunidades. “Mas, infelizmente, como todos colocaram aqui, sozinhos não conseguimos fazer qualquer mudança no trabalho infantil, ou seja, com pessoas em situação de rua também. O que está fundamentado na questão da justiça social é a desigualdade. Nós trabalhamos muito, acompanhamos o problema e criamos estratégias. Não ficamos paralisados. Precisamos do fortalecimento das famílias, dos laços afetivos desde a puericultura. E que o homem também tenha o seu papel, que participe da formação e criação dos filhos. Na maior parte destas famílias em situação de trabalho infantil não há o recebimento da pensão alimentícia. Só assim para mudarmos esse ciclo da miséria”.

Como pedir ajuda?
Os Centros de Referência Especializado de Assistência Social  (Creas) promovem nos territórios atividades voltadas para a sensibilização e conscientização de que o trabalho infantil é uma grave violação de direitos, enfatizando que este público deve estar inserido em programações culturais, esportivas, escolares e familiares.

Informações:
Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS): 3690-8483 / 3690-8275 / 3223-3491
Serviço de Abordagem Social: 3692-8233 ou 99807-0719
Conselhos Tutelares: 3690-7166 / 3690-7397/ 3690-8533 / 3690-7390 / 3690-7398




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