Carta aos pais: um combate às drogas

As drogas estão em todo lugar e podem estar mais perto de você e de sua família do que você imagina. E quem pensa que está livre de ser surpreendido pelo fantasma das drogas, recomendo muita atenção, pois esse tipo de pensamento revela ignorância e alienação quanto ao assunto, o que é uma postura extremamente perigosa.

Se você tem filhos adolescentes, saiba que eles não são mais crianças, apesar de ainda não terem maturidade suficiente para serem tratados como adultos. A adolescência é uma fase de transição, repleta de conflitos, medos, inseguranças, desejos e muita curiosidade. É nessa fase da vida que muitas coisas importantes acontecem: o primeiro beijo, a turma inseparável de amigos, as “baladas”, os namoros, a primeira relação sexual, o vestibular, a busca pela independência… É um verdadeiro ensaio para a vida adulta.

Muitos casos de dependência química começam na adolescência, com uma simples curiosidade. Na ânsia de desbravar novos mundos, o jovem pode enveredar por caminhos de conhecimento ou de degradação, como o envolvimento com drogas. A solução não é abafar a curiosidade, mas canalizá-la para outras coisas que tragam alegria e não desgraça para o curioso e toda a sua família. A falta de perspectivas de vida também pode levar o jovem a procurar envolvimento com drogas. Nesse cenário, atitudes inconseqüentes e irracionais podem levar muitos adolescentes a situações de perigo real.

A necessidade de pertencer a um grupo torna os jovens muito suscetíveis a influência exercida por amigos, colegas e, até mesmo, por seus ídolos. A longo prazo, o jovem será como aqueles com quem ele convive; portanto, é fundamental saber com quem seus filhos estão se socializando. Se algum de seus filhos estiver envolvido com drogas, sua principal arma deverá ser sempre o diálogo. Nem pense em atitudes radicais, como punições, castigos, surras ou expulsá-lo de casa… Se seu filho tornou-se vítima das drogas, ele já deve estar muito confuso e ando por diversos problemas. Aterrorizá-lo dentro de casa lhe dará mais certeza de que as drogas são a melhor saída. Portanto, diálogo, carinho e compreensão! Mas, atenção: compreender os problemas de seus filhos não quer dizer ser condescendente com o meio que ele encontrou para resolvê-los, que são as drogas. Médicos, psicólogos e entidades especializadas podem ser de grande ajuda.

E se esse não for o seu caso, cuide para que não venha a ser! Há muitas coisas que você pode fazer pelo bem de seus filhos e da sua família, como dedicar-lhes mais atenção. Na correria do dia-a-dia, a falta de tempo é um problema, mas problema maior é o tempo mal aproveitado. Por isso, cuide mais da qualidade que da quantidade de tempo que você a com seus filhos. Ficar horas vendo televisão sem conversar não adianta. Se não há diálogo, como irá se estabelecer uma relação de confiança e amizade entre vocês?

Participar da vida de seus filhos e da sua família é a principal forma de identificar possíveis problemas e buscar soluções. Em famílias que dialogam, ocorre uma verdadeira troca, em que todos participam, se comprometem e ensinam uns aos outros. Pais têm muito o que ensinar a seus filhos, mas também têm muito o que aprender. Se seus filhos sentirem sinceridade nessa postura e não apenas uma estratégia, eles confiarão em você, e aceitarão mais facilmente sua influência, especialmente no que se refere a mantê-los longe das drogas.




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